Em conversa de Twitter com o Luís Cristóvão, jornalista que acompanha, entre outras coisas, a MLS na Eurosport Portugal, ele deu conta de que Tiago Ferreira, um dos jovens que representou Portugal no Mundial da Colômbia de 2011 e no qual fomos vice-campeões, estava a treinar à experiência no Sturm Graz, da Áustria, depois de 3 fugazes jogos no Zulte-Waregem da Bélgica, clube para onde tinha ido depois de ter saído do FC Porto.
Tiago Ferreira era considerado na altura, uma das promessas da Selecção e do FC Porto, pelo que decidi dar uma vista de olhos nos jovens portugueses e brasileiros, precisamente para ver onde poderia estar alguma diferença entre uns e outros.
Junto coloco uma tabela, onde é possível ver onde estavam os jogadores portugueses em 2011 e onde estão em 2015:
Olhando para os jogadores portugueses, notamos que 12 estão em clubes da Primeira Liga, 4 estão na Liga de Honra e 5 jogam no estrangeiro.
Existem casos de jogadores que na altura mostravam um enorme potencial para crescerem e desenvolverem o seu futebol, mas que por uma ou outra razão, ainda não conseguiram dar esse salto qualitativo: Nuno Reis, Sérgio Oliveira, Nelson Oliveira e Caetano são bons exemplos.
Olhando agora para a equipa brasileira, temos:
Destaques evidentes os de Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Oscar, Phillipe Coutinho, Juan Jesus e Allan. Este último, a fazer uma grande época em Itália, ao serviço da Udinese. No caso brasileiro, e em comparação com a relação clubes / jogadores portugueses, a diferença é maior. Dos 21 convocados na altura, apenas 9 estão no Brasil, sendo que os restantes se dividem por Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra e Ucrânia.
O que se pode tirar daqui, quase ao fim de 4 anos, é que a realidade portuguesa se modificou um pouco e até pode ser proveitosa para o mercado nacional. Há não muitos anos, a maioria dos jogadores das selecções jovens já estavam no estrangeiro, ao passo que agora, muitos estão por cá. Será essa a nossa nova vantagem do futuro, em termos de futebol?
JOGADORES PORTUGAL SUB-20 2011 | |||
NOME | POSIÇÃO | CLUBE 2011 | CLUBE 2015 |
Mika | Guarda-redes | Benfica | Boavista |
Tiago Maia | Guarda-redes | Santa Clara | Olhanense |
Luís Ribeiro | Guarda-redes | Camacha (emp. Sporting) | Sporting B |
Tiago Ferreira | Defesa | FC Porto | Sturm Graz (à experiência) |
Nuno Reis | Defesa | Cercle Brugge (emp. Sporting) | Sporting B |
Roderick Miranda | Defesa | Servette (emp. Benfica) | Rio Ave |
Cedric | Defesa | Académica (emp. Sporting) | Sporting |
Luis Martins | Defesa | Benfica | Granada |
Mário Rui | Defesa | Gubbio 1910 | Empoli |
Pelé | Médio | Milan | Belenenses (emp. Milan) |
Júlio Alves | Médio | Besiktas | Rio Ave |
Sana | Médio | Valladolid | Sp. Braga |
Danilo | Médio | Parma | Marítimo |
Sérgio Oliveira | Médio | Penafiel (emp. FC Porto) | Paços Ferreira (emp. FC Porto) |
Ricardo Dias | Médio | Beira-Mar | Belenenses |
Nelson Oliveira | Avançado | Benfica | Swansea (emp. Benfica) |
Amido Baldé | Avançado | Cercle Brugge (emp. Sporting) | Hapoel Tel-Aviv (emp. Celtic) |
Caetano | Avançado | Paços Ferreira | Gil Vicente |
Alex | Avançado | Santa Clara | V. Guimarães |
Serginho | Avançado | Beira-Mar | Trofense (emp. Arouca) |
Rafael Lopes | Avançado | V. Setúbal | Académica |
Olhando para os jogadores portugueses, notamos que 12 estão em clubes da Primeira Liga, 4 estão na Liga de Honra e 5 jogam no estrangeiro.
Existem casos de jogadores que na altura mostravam um enorme potencial para crescerem e desenvolverem o seu futebol, mas que por uma ou outra razão, ainda não conseguiram dar esse salto qualitativo: Nuno Reis, Sérgio Oliveira, Nelson Oliveira e Caetano são bons exemplos.
Olhando agora para a equipa brasileira, temos:
JOGADORES BRASIL SUB-20 2011 | |||
NOME | POSIÇÃO | CLUBE 2011 | CLUBE 2015 |
Gabriel | Guarda-redes | Cruzeiro | Capri (emp. Milan) |
César | Guarda-redes | Flamengo | Flamengo |
Aleks Faria | Guarda-redes | Avaí | Nacional - PR (emp. Avaí) |
Danilo | Defesa | FC Porto | FC Porto |
Bruno Uvini | Defesa | Tottenham (emp. São Paulo) | Napoli |
Juan Jesus | Defesa | Inter Milan | Inter Milan |
Frauches | Defesa | Flamengo | Flamengo |
Alex Sandro | Defesa | FC Porto | FC Porto |
Romário Leiria | Defesa | Internacional | Paysandu (emp. Internacional) |
Gabriel Silva | Defesa | Novara (emp. Udinese) | Udinese |
Galhardo | Defesa | Flamengo | Grémio (emp. Santos) |
Fernando | Médio | Grémio | Shakthar Donetsk |
Dudu | Médio | Dinamo Kiev | Palmeiras |
Casemiro | Médio | São Paulo | FC Porto (emp. Real Madrid) |
Phillipe Coutinho | Médio | Españyol (emp. Inter Milan) | Liverpool |
Oscar | Médio | Internacional | Chelsea |
Allan | Médio | Vasco da Gama | Udinese |
Alan Patrick | Médio | Shakthar Donetsk | Palmeiras (emp. Shakthar Donetsk) |
Willian | Avançado | São Paulo | Zaragoza (emp. Deportivo Maldonado) |
Henrique | Avançado | Sport (emp. São Paulo) | Botafogo |
Negueba | Avançado | Flamengo | Coritiba (emp. Flamengo) |
Destaques evidentes os de Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Oscar, Phillipe Coutinho, Juan Jesus e Allan. Este último, a fazer uma grande época em Itália, ao serviço da Udinese. No caso brasileiro, e em comparação com a relação clubes / jogadores portugueses, a diferença é maior. Dos 21 convocados na altura, apenas 9 estão no Brasil, sendo que os restantes se dividem por Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra e Ucrânia.
O que se pode tirar daqui, quase ao fim de 4 anos, é que a realidade portuguesa se modificou um pouco e até pode ser proveitosa para o mercado nacional. Há não muitos anos, a maioria dos jogadores das selecções jovens já estavam no estrangeiro, ao passo que agora, muitos estão por cá. Será essa a nossa nova vantagem do futuro, em termos de futebol?