Ontem foi dia de apresentações em Manchester e na Luz.
E se em Inglaterra, nos estamos a referir ao 7º classificado da Premier League do ano passado, mas que é ao mesmo tempo, o clube mais ganhador dos últimos 20 anos, em Portugal, estamos a falar do clube que foi campeão a época passada, mas que nos últimos 20 anos, ganhou 4 campeonatos.
E o que é que esta introdução representa? A forma de um clube comunicar e apresentar os seus melhores activos. No caso do Manchester United, o treinador Louis Van Gaal. No caso do Benfica, o avançado Derley, segundo melhor marcador do campeonato português na época transacta.
As duas fotografias são a imagem perfeita de como deve ser cuidada a apresentação de um activo de um clube de futebol, nos dias de hoje.
Se olharmos para a fotografia de Van Gaal, reparamos que o mesmo tem por trás um "photo shooting" claramente identificado com o símbolo do clube, um dos seus patrocinadores e a marca das camisolas, assim como a presença de um membro do Board do clube inglês. No fundo, a imagem mostra o compromisso do clube para com o treinador, mostrando que é uma aposta segura do mesmo e que a confiança nele depositada é grande e merecedora dessa mesma confiança.
Ao olharmos para a fotografia de Derley, notamos que o "photo shooting" é de um dos patrocinadores do clube, mas que a referência ao mesmo é praticamente inexistente, aparecendo apenas o jogador com os dois polegares levantados, num sinal de confiança e alegria na sua futura carreira ao serviço do clube. Não existe uma única referência ao clube, seja através de um símbolo ou da presença de um membro técnico (fosse ele director ou treinador).
As diferenças são notórias e mostram como se pensa e se executa a comunicação neste caso tão simples como uma apresentação de um activo de um clube de futebol. E se pensarmos só olhando para duas fotografias em que o assunto é similar, conseguimos perceber a diferença porque é que uma Liga gere biliões de libras em direitos televisivos e a outra anda desesperadamente à procura de uns míseros milhões de euros para organizar uma competição.
O que isto quer dizer é que se nem os próprios clubes têm esta noção e ideia de que é necessário transmitir o compromisso que têm com os seus sócios e adeptos, utilizando a comunicação e as ferramentas ao dispor para tal, não se pode esperar que as organizações que tutelam as competições também o façam.