quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A maturação?

O blog Entre 10 é um dos meus favoritos para ler sobre futebol. No dia 30 de Dezembro de 2007, o Nuno escreveu este texto:

"Não compreendo como é possível deixar escapar entre os dedos tantos jogadores talentosos. Este é mais um exemplo claro da cegueira dos treinadores e dos adeptos portugueses. Joga preferencialmente encostado a uma linha, para aí poder usufruir da liberdade que a sua fantasia necessita. É irreverente, procura com frequência o drible, sendo muitas vezes bem sucedido, e é um quebra-cabeças para qualquer opositor. Faz-me lembrar, e muito, o estilo de Quaresma: gosta de humilhar o adversário, de se divertir com a bola, de entusiasmar o público. E junta a tudo isto uma atitude competitiva invejável. Não haverá, para além de Portugal, outro país no mundo em que se produza tantos extremos de qualidade. Creio que este é mais um desses casos e, se bem acompanhado, poderá vir a dar cartas num futuro próximo. Para já, parece não ter convencido aqueles que o acompanham, embora seja claramente melhor que outros. Não cresceu, como os grandes nomes da sua posição (Ronaldo, Quaresma, Simão e Nani) nas escolas do Sporting, mas penso que possui um potencial semelhante. Ao contrário de alguns jogadores que agora surgem e dos quais se fala em demasia, este rapaz não tem por virtude apenas uma boa relação com a bola. Acrescenta à capacidade técnica uma facilidade incrível no um para um, coisa que esses pseudo-talentosos não possuem em quantidades assinaláveis. O seu pé esquerdo pode, num futuro próximo, vir a ser referência entre os grandes de Portugal; creio até que já teria, neste momento, lugar no plantel do clube ao qual pertence. Passou quase todo o ano anterior lesionado e não pôde confirmar o seu valor. Este ano, além de ser esquecido no banco da equipa de sub-21, chegou mesmo a ver imitada a infâmia no clube que representa. Só nos últimos jogos tem sido opção constante, para gáudio dos admiradores de arte e para felicidade de quem torce pelo clube cujas cores defende. Sem querer parecer repetitivo, mas já o sendo, ser-me-á difícil aceitar que Hélder Barbosa não triunfe no futebol português e que outros desta geração o façam."

Esta época, ao olhar para a performance de Hélder Barbosa, arrisco-me a dizer que eles acertaram uma vez mais. E que foi preciso chegar Leonardo Jardim e o Sp.Braga dispensar Pizzi para Barbosa aparecer. Depois de andar a saltitar de clube em clube, será que é agora que pega de estaca?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Que pasa, Niño?

Fernando Torres atravessa uma crise de confiança que só é visível nos processos de jogo do Chelsea do ano passado e no primeiro jogo da Premier League, no passado Domingo.

O talento está lá e é inegável, a forma de jogar também, a percepção dos colegas e o tempo de espera para endossar a bola também, mas a pressão a que está sujeito para que marque um golo com a camisola azul é demasiada para quem esteve habituado a diferentes palcos, em diferentes situações, sendo já Campeão da Europa e do Mundo.

É estranho que a crise de confiança que atravessa apenas se mostre na altura de rematar à baliza, já que em todas as outras situações a que Torres é chamado, ele cumpre com mestria e destreza.

Nota-se que está desanimado e que tenta a todo o custo procurar a libertação, abanando as redes, mas o estigma parece continuar e não há volta a dar. Villas-Boas terá uma missão hercúleana no sentido de dar a confiança necessária a Torres para voltar aos seus bons velhos momentos.

O Chelsea e o futebol agradecerão, certamente...

Foto: Gettyimages

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Twente de 2011/2012

Para o FC Twente, a temporada passada foi uma mistura de emoções. Tornaram-se campeões em 2009/2010, pela primeira vez na história do clube. A grande questão na última temporada, era se estariam no topo da tabela para continuar.
E com o novo treinador Michel Preud'homme, o FC Twente provou que estavam para ficar.
Eles só perderam o título da liga holandesa para o Ajax no último dia da temporada.
Mas com o FC Twente qualificado em segundo lugar, significou que estariam qualificados para o play-off da Liga dos Campeões. E acima de tudo, eles já provaram que o seu campeonato não tinha sido um acaso. Para além do segundo lugar na Eredivisie, o FC Twente venceu a Taça da Holanda, depois de vencer o Ajax na final. Mas a perda do campeonato doeu ao FC Twente, já que entrou para a jornada final da temporada como o líder do campeonato.

Chega assim o verão de 2011. O FC Twente terminou em primeiro e em segundo em duas temporadas seguidas, e por isso será um clube que estará presente na corrida para o campeonato holandês desta época. Mas após uma temporada, o treinador Michel Preud'homme decidiu mudar-se para o Al Shabab, da Arábia Saudita. E mais importante: Theo Janssen, considerado o melhor jogador da liga holandesa na última temporada ... muda-se para o Ajax, um dos maiores rivais do FC Twente!
A boa notícia é que Co Adriaanse é o sucessor do Preud'homme. Adriaanse tem uma grande reputação na Holanda e é considerado como uma excelente opção para o FC Twente. Comprou para substituto de Janssen…Janssen! Theo Janssen foi para o Ajax e o FC Twente contratou ao Roda JC Willem Janssen.
Mas enquanto o novo treinador, é provavelmente, uma melhoria para o clube, Theo Janssen é a grande perda desta temporada e será sentida. Uma das boas notícias para o FC Twente é que outros jogadores como Bryan Ruiz e Chadli Nacer ainda estão em Enschede.

A preparação para a temporada de 2011/12 foi bastante perturbada quando o desastre aconteceu. A reconstrução do estádio do FC Twente (a Grolsch Veste) teve uma parte do tecto que desabou. Dois trabalhadores da construção civil morreram e o clube foi muito afectado por isso. Enschede chorou por semanas.
As repercussões financeiras também lá estão e o FC Twente teve que jogar as rondas de qualificação para a Liga dos Campeões no estádio do Vitesse. Mas depois de muito trabalho, o estádio estará pronto para receber a primeira partida em casa da temporada da Eredivisie, neste sábado contra o AZ.

Um jogador que vai certamente estar ansioso para esta temporada é Marc Janko. Na temporada passada ele foi muito criticado, apesar dos seus 14 golos. Muitos especialistas questionaram se ele era o atacante certo para o FC Twente. Mas, com a chegada de Co Adriaanse, que já o tinha orientado no Red Bull Salzburg em 2008/2009, Marko Janko pode ter a sua época. Na altura, em Salzburg apontou 39 golos. Apenas Diego Forlan e Samuel Eto'o marcaram mais golos nessa temporada. Sendo assim, se alguém sabe como tirar o melhor de Janko, esse alguém é Adriaanse. E nos primeiros quatro jogos oficiais ele marcou quatro golos nesta temporada, três deles da penalty.

Até agora, o início do FC Twente foi bom, quando se olha para os resultados. O clube holandês ganhou a Supertaça batendo o Ajax e está qualificado para o play-off da Liga dos Campeões, após derrotar os romenos do Vaslui. Mas o desempenho não tem sido muito positivo e no jogo da Supertaça, foram muito inferiores ao Ajax, apesar da vitória.

Mesmo assim, as perguntas permanecem:
- É Janko o atacante certo para o FC Twente?
- Conseguirão lidar com a perda de Theo Janssen?
- Bryan Ruiz irá permanecer em Enschede, apesar do interesse do Tottenham Hotspur?

Mas que ninguém pense que na Holanda, o FC Twente irá passar no anonimato. Mesmo os analistas mais pessimistas colocam o FC Twente em terceiro lugar no final desta temporada.
Se eles podem realmente ganhar o campeonato, isso não é uma certeza, mas serão sem dúvida uma das melhores equipas holandesas para os próximos anos.

por Mark Van Rijswijk

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O título francês explicado em números

No France Football, um estudo especial sobre o Lille.

Para se ter uma noção, os reforços do clube este ano foram:
Da formação: Hazard, Debuchy, Dumont, Cabaye, Rami, Emerson e Beria
Contratados: Chedjou (livre), Sow (livre), Obraniak (1M€), Frau (3M€), Mavuba (4,5M€), Balmont (2,5M€), Tulio de Melo (4,2M€), Landreau (1,6M€) e Gervinho (6M€) - Total: 14,6M€

Se tivermos em conta que André-Pierre Gignac custou ao Marselha 16,5M€, estamos conversados, não?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Theo Janssen

Esta época, o futebol holandês tem conhecido o melhor de Teho Janssen. Durante anos, foi considerado um dos melhores talentos da Holanda, mas nesses anos nunca mostrou o seu verdadeiro potencial. Desde que se mudou para o Twente, no Verão de 2008 que ele tem vindo a melhorar em vários aspectos. E agora parece que chegou ao topo da sua carreira, pronto para ir para um clube de renome europeu.


Janssen é um produto da academia do Vitesse. Com dezassete anos, estreou-se na primeira equipa. Com um fantástico pé esquerdo, grande visão de jogo e uma técnica magnífica, as expectativas estavam lançadas. E durante vários eventos durante essa época, Janssen mostrou do que era capaz. A marcação de livres é o seu forte e aí todos viam do que era capaz. Podia ser, mas após os bons jogos, os maus vinham logo de seguida.


Janssen ganhou a reputação de não ser sério o suficiente para ser jogador profissional de futebol. Ele fuma e gosta de uma noite bem passada. As suas características como jogador de futebol nunca foram postas em causa, mas sim a sua atitude. Um tempo mal passado no Genk, da Bélgica também não ajudou. Jenssen voltou a casa e o consenso geral era de que seria um jogador para passar toda a sua carreira no Vitesse. Em 2006, jogou duas partidas pela Selecção holandesa e foi preciso passar 4 anos, para jogar a terceira.


Esse terceiro jogo internacional aconteceu quando Janssen já estava no Twente. Um clube com maiores ambições e sonhos de Champions League, que o resgatou no verão de 2008. Um clube para o qual Jenssen nem olhou para trás. Continua a gostar de fumar um cigarro depois dos jogos, mas já ninguém se importa, porque faz parte do seu carácter. Tudo devido às suas prestações em campo, as críticas que lhe apontavam foram removidas. Na última época, o Twente foi campeão pela primeira vez na Holanda, mas mesmo assim foi um ano difícil para Jenssen. Teve um acidente de carro quando ia alcoolizado, juntamente com o colega Kevin Moeliker, que ficou seriamente lesionado com o embate. Theo foi suspenso pelo clube e foi naturalmente criticado pela imprensa holandesa. Janssen aceitou tudo, manteve a cabeça baixa e quando voltou, voltou mais forte do que nunca.


Esta época tem sido para ele a melhor, e tem sido considerado o melhor jogador holandês da actualidade. Marcou, até agora, 16 golos em todas as competições, a maioria em jogos importantes, como contra o Inter e o Werder Bremen na Champions League ou contra o Ajax na Eredivisie. O último fim-de-semana foi a cereja no topo do bolo: marcou os dois golos frente ao PSV, no encontro que colocava frente-a-frente os dois candidatos ao título. O segundo golo de Janssen é fenomenal:



Theo Janssen está no pico da sua forma. O Twente é o favorito ao título holandês, está na final da Taça da Holanda e nos quartos--de-final da Liga Europa. Janssen está na perspectiva de ganhar tudo. O extraordinário jogador que ele é actualmente, é bem diferente daquele a quem foi diagnosticado no início da carreira.

por Mark van Rijswijk

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma verdade evidente

Benfica e FC Porto defrontaram-se na Luz para discutir, literalmente, o título português.
O Benfica apresentou-se como habitualmente (em 4-1-3-2) e o FC Porto também se apresentou como habitualmente (4-3-3).

Neste esquema retirado da "Tertúlia Benfiquista", notamos a diferença que houve no comportamento táctico das duas equipas, nomeadamente na zona do meio-campo.

A disponibilidade física de Aimar (apesar das inúmeras recuperações de bola que faz) não chegam para acompanhar o maior ritmo imposto pelo FC Porto, no papel atribuído a Moutinho e Guarín.

A escolha de Jara, em detrimento de Kardec poderá ter sido baseada no facto de Jara ser mais rápido do que o brasileiro e apresentar uma maior mobilidade. No entanto, o jogo directo muitas vezes utilizado pelo Benfica é desfavorável ao argentino, por via dessa mesma mobilidade ser potenciada, ao invés do jogo aéreo, onde Kardec é bem melhor.

Villas-Boas teve outro mérito: obrigar o Benfica a abusar do jogo directo, ao invés do jogo apoiado. Só com a colocação de Cardozo em campo, onde o Benfica tinha uma referência que obrigava a defesa do FC Porto a reduzir o espaço e ao mesmo tempo, as diferentes linhas defensivas, é que o treinador do FC Porto sentiu necessidade de abrandar a pressão.

O resto do jogo, influenciado por uma arbitragem sem nível, mostrou um Benfica bem mais nervoso do que o FC Porto, devido à situação psicológica que ambas as equipas enfrentam.

Palavra final para a arbitragem, que não deveria ser mencionada neste espaço. Conseguiu complicar um jogo que seria bem mais fácil de gerir. Não descortinar a diferença entre contacto físico pela disputa da bola e falta ostensiva é grave. E isso deveria ser o B-A-BÁ dos cursos de arbitragem. Provas disso? A expulsão de Otamendi e a expulsão de Cardozo!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Acho que o meu tempo no Barcelona está a acabar!"

Diz Pep Guardiola. Que leve tudo o que sabe para outro lugar e espalhe a mesma magia, é o que os apaixonados pelo futebol querem...

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Benfica x FC Porto já mexe

Quando se esperava que o jogo ficasse marcado pela procura de espaço de Belluschi, Aimar e Saviola, pela velocidade de Coentrão e Hulk, pela eficácia de Falcao e Cardozo, ou até pelo posicionamento defensivo de Luisão e Otamendi, o FC Porto decidiu optar por um comunicado onde condena o comportamento da PSP de Lisboa face aos seus adeptos.


O rastilho já era grande para a explosão das emoções que se foram acumulando ao longo dos tempos e ao qual nem os dirigentes saem impunes.


Os jogos deveriam ser todos assim: preocupados com os 11 que estão lá dentro, com o líder ao lado do campo a dar instruções e com os adeptos a deliciarem-se com o jogo em si.


Isto não é futebol, é uma guerra! E para guerras, dispenso o meu discurso...

quarta-feira, 30 de março de 2011

O problema da adaptação

Matias Fernandez marcou dois golos nesta jornada de selecções, ambos de livre directo.

Logo apareceram as vozes consternadas sobre o rendimento do jogador no Sporting e na Selecção. Muito se fala no problema da adaptação dos sul-americanos ao futebol europeu. Acho isso uma falsa questão.


O problema não está na falta de adaptação, mas sim no potencial que o jogador tem e que é extraído da parte do seu treinador. Existem exemplos concretos. Ramires, quando chegou ao Benfica não precisou de tempo de adaptação. Vinha com a época a decorrer no Brasil, mas não se notou muito a diferença na maneira de jogar e entender o modelo e sistema de jogo do Benfica, com Jorge Jesus.


Falcao é outro exemplo. O campeonato decorria na Argentina e a sua chegada ao Porto foi feita de forma directa, sem períodos de adaptação. Porquê? Porque foi aproveitado ao máximo o seu potencial ao serviço do modelo de jogo.


O problema de Matías Fernandez é que o jogador chileno estava habituado e tira melhor rendimento (no meu entender do jogo, do sistema e das características do jogador) num sistema em 442, em que seria a muleta do ponta-de-lança (um pouco ao género de Javier Saviola no Benfica). O problema de Matías Fernandez é que o Sporting usou diversos sistemas e modelos de jogo, desde que ele está cá, e ainda não o conseguiu encaixar em nenhum deles.


Não é um problema de adaptação. Queira o treinador usar o potencial do jogador ao seu modelo e sistema de jogo, e não há adaptação ou período a ela adjacente que resista...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um Derby como Poucos

Sporting e Benfica defrontaram-se na passada segunda-feira, em Alvalade, em jogo a contar para a Primeira Liga.
Outros derbys tiveram melhores histórias para contar do que aquela que foi vista num dos estádios do Euro 2004. As condições estavam reunidas, mas os intérpretes não quiseram oferecer às pessoas que pagaram o bilhete um espectáculo condigno com a história e tradição dos envolvidos.

O Sporting apresentou-se num 4-2-3-1, com Postiga no eixo central do ataque, acompanhado na direita por Yannick e na esquerda por Cristiano. Atrás, aparecia Matías. No meio-campo, Pedro Mendes e André Santos. Defesa com João Pereira na direita, Grimi na esquerda, Polga e Torsiglieri no centro.
Explicações para este onze: Torsiglieri para a luta aérea com Cardozo; André Santos para marcar Carlos Martins. Cristiano era uma perfeita incógnita para este jogo, porque ia jogar numa posição na qual não está rotinado e porque a sua própria chegada ao clube foi recente e é preciso tempo para perceber a diferença entre o Paços de Ferreira e o Sporting.

O Benfica apresentou o seu esquema habitual, com Maxi na direita, Coentrão na esquerda, Luisão e Sidnei no meio da defesa. Meio-campo com Javi Garcia a pivot defensivo, Carlos Martins mais à frente, Salvio e Gaitán nas alas. Saviola no apoio a Cardozo. Razões para o onze: rotina de processos e movimentos e maior disponibilidade de Carlos Martins para defender, em detrimento de Aimar, para além do factor motivacional de jogar em Alvalade.

O jogo começou com as duas equipas a encaixarem uma na outra, mas com perspectivas diferentes de abordagem. Benfica mais calmo, a trocar a bola. Sporting, com algum receio da forma do Benfica, mas com o passar do tempo a equilibrar a balança. Mas foi numa perda de bola que o Benfica chegou ao golo, com Salvio a beneficiar da inércia de Grimi (regressado de lesão) para se antecipar e fazer a festa.

Factor de realce na fase de construção do jogo do Benfica. Quando a bola sai do guarda-redes, existe um posicionamento de Javi Garcia como terceiro central, permitindo aos laterais a exploração da linha e abrindo ainda mais o apoio para quem vem buscar o jogo (neste caso, Carlos Martins ou Saviola), por forma a facilitar as triangulações entre médio-ofensivo/lateral/extremo que rapidamente colocam a bola no último terço do ataque.

O Sporting apresentava-se com um esquema em que o privilégio era dado às tabelas entre médio-interior/lateral/extremo, o que por vezes dava alguns problemas a Coentrão, devido à falta de disponibilidade defensiva de Gaitán, mais lesto a reagir. Mas foi por pouco tempo que essa situação aconteceu. E foi nesse tempo que Sidnei foi obrigado a fazer as faltas que originaram a sua expulsão.

Com a expulsão do defesa-central brasileiro, o Benfica fez a substituição óbvia: saída de Saviola e entrada de Jardel. Porquê? Duas linhas de 4 defensivas e colocação de um avançado a fazer de pivot para eventuais tabelas com os extremos para saídas rápidas de contra-ataque.
Com este esquema defensivo, o Benfica manietou o Sporting numa teia, onde a permanência de dois médios-defensivos era escusada. Cabral (a substituir Paulo Sérgio no banco) foi lento a reagir e a pensar na estratégia a fazer. A colocação de mais um avançado para ser servido através de bolas altas era inconsequente, ainda para mais com Jardel ao lado de Luisão, onde a altura é uma base para a conquista das bolas bombeadas.

Resumindo, o Sporting mostra muita deficiência num modelo de jogo que não está definido e num sistema táctico que muda todas as semanas, em consequência do adversário. O Benfica foi igual a si próprio e foi o suficiente para levar de vencida o derby. Um derby sem sal, mostrando quiçá, muita coisa...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Deixou o campo

Não há dúvidas de que era um Fenómeno. Apareceu na altura em que a comunicação passou a ser demasiado global e por isso, ficou mais conhecido. Ronaldo era um jogador extraordinário e, mesmo com as lesões, nunca deixou de desistir daquilo que mais gostava: jogar futebol.

Depois de anunciar a sua despedida, só há esta maneira de o homenagear:

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Nova Imagem

Mais clean, com outro intuito.
Com conta no Facebook.

Tentarei ser mais assíduo...