segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma verdade evidente

Benfica e FC Porto defrontaram-se na Luz para discutir, literalmente, o título português.
O Benfica apresentou-se como habitualmente (em 4-1-3-2) e o FC Porto também se apresentou como habitualmente (4-3-3).

Neste esquema retirado da "Tertúlia Benfiquista", notamos a diferença que houve no comportamento táctico das duas equipas, nomeadamente na zona do meio-campo.

A disponibilidade física de Aimar (apesar das inúmeras recuperações de bola que faz) não chegam para acompanhar o maior ritmo imposto pelo FC Porto, no papel atribuído a Moutinho e Guarín.

A escolha de Jara, em detrimento de Kardec poderá ter sido baseada no facto de Jara ser mais rápido do que o brasileiro e apresentar uma maior mobilidade. No entanto, o jogo directo muitas vezes utilizado pelo Benfica é desfavorável ao argentino, por via dessa mesma mobilidade ser potenciada, ao invés do jogo aéreo, onde Kardec é bem melhor.

Villas-Boas teve outro mérito: obrigar o Benfica a abusar do jogo directo, ao invés do jogo apoiado. Só com a colocação de Cardozo em campo, onde o Benfica tinha uma referência que obrigava a defesa do FC Porto a reduzir o espaço e ao mesmo tempo, as diferentes linhas defensivas, é que o treinador do FC Porto sentiu necessidade de abrandar a pressão.

O resto do jogo, influenciado por uma arbitragem sem nível, mostrou um Benfica bem mais nervoso do que o FC Porto, devido à situação psicológica que ambas as equipas enfrentam.

Palavra final para a arbitragem, que não deveria ser mencionada neste espaço. Conseguiu complicar um jogo que seria bem mais fácil de gerir. Não descortinar a diferença entre contacto físico pela disputa da bola e falta ostensiva é grave. E isso deveria ser o B-A-BÁ dos cursos de arbitragem. Provas disso? A expulsão de Otamendi e a expulsão de Cardozo!

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