segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Bordéus 2010/2011


O Bordéus apresentou-se ontem, na Liga Francesa, com uma derrota frente ao Montpelier, a equipa sensação da época transacta.
Um treinador novo (Jean Tigana), uns quantos reforços e algumas saídas e notamos que o Bordéus terá de mudar e muito o seu estilo de jogo, se quiser chegar aos patamares da equipa de Blanc que ganhou o campeonato em 2009.
As principais contratações para esta época foram as de Floyd Ayité, talentoso extremo que jogava no Nancy, Olimpa, guarda-redes do Angers e ainda Vujadin Savic, defesa do Estrela Vermelha. Registo ainda para o regresso do médio Ducasse, que estava emprestado ao Lorient.
A principal saída da equipa de Tigana tem a ver com a passagem de Marouane Chamakh para o Arsenal. O Bordéus perdeu uma referência na área e poderá ter de refazer o seu esquema táctico por isso mesmo. Placente foi outra das saídas, mas como já está na sua curva descendente, Trémoulinas será um substituto à altura, devido também à sua polivalência.



No encontro de ontem, Tigana optou por um 4-2-3-1, onde Gourcuff tem o papel principal de dinamizador de jogo, bem apoiado nas linhas por Gouffran e Wendel, que já passou pelo Nacional da Madeira.
Cavenaghi surgiu sozinho na frente de ataque. O argentino rende mais com um colega ao lado, e por isso é normal que ontem não tenha tido o rendimento esperado.
No meio-campo, Plasil e Sané funcionavam como tampões para uma defesa remendada com dois médios defensivos no lugar de centrais (Fernando e Diarra).
As laterais estavam entregues a Trémoulinas (na esquerda) e Savic (na direita).
Muitas preocupações para Tigana, no início de época.

O principal problema deste Bordéus é que joga muito para Gourcuff. É normal que as equipas procurem sempre o seu melhor jogador, mas cair em rotina torna o jogo demasiado previsível para quem está a defender e isso pesa no esquema ofensivo.

Uma maior complementaridade entre os 4 homens da frente é necessária, para que qualquer um deles possa resolver o problema. E para isso, é necessária uma dinâmica de equipa, que o Bordéus ontem demorou a mostrar.

Olhando para o plantel do Bordéus, vemos que há matéria suficiente para andar nos lugares da frente, sobretudo se olharmos para nomes como Saivet, Bellion, Ciani, Henrique e até Jussiê. São jogadores experientes e pertencem a um grupo que já foi vencedor.

Tigana terá trabalho, mas sem isso, não há campeões.


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