quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Supertaça


Benfica e FC Porto começam no próximo sábado mais uma época de futebol em Portugal. A expectativa é grande, já que o Benfica terá o ónus de tentar repetir o título de Campeão Nacional, enquanto que o FC Porto foi alvo de uma pequena revolução, que pretende fazer com que o clube volte aos títulos.

Di Maria foi a saída que o Benfica teve de maior relevância. O argentino era o último recurso da época passada quando a equipa não funcionava colectivamente. Quando as linhas de passe estavam cortadas, a bola ia para o argentino, para que este tentasse resolver uma situação de 1x1, criando assim as linhas de passe seguintes para o seguimento do processo ofensivo. Com isso, foi eleito para a maioria das pessoas o jogador do ano. Pelos desequilíbrios, pelas fintas, pelas assistências, mas também pelos golos que marcou (algo raro até então).

Este ano, com as aquisições de Gaitán e Jara, o Benfica arranjou mais soluções atacantes e modificou, em alguns aspectos, o sistema de jogo. Não estando tão dependente de um jogador, Jorge Jesus adoptou um sistema moldado à dinâmica da equipa, onde os movimentos / compensações dos jogadores tornam a equipa mais compacta, mais rápida, mais pressionante e mais atacante. Um Benfica mais sólido a atacar como no ano passado, a jogar mais como equipa (em matéria ofensiva), mas ainda com visíveis dificuldades em termos de transições defensivas.

No FC Porto, a grande novidade é mesmo o treinador. Depois de 3 anos com Jesualdo Ferreira, o 3º lugar do ano passado fez com que Pinto da Costa optasse por um treinador jovem, sem experiência, mas com o facto de ter sido adjunto de Mourinho. Ser adjunto de Mourinho não tem mal nenhum (bem pelo contrário), mas se isso fosse verdade e desse resultados imediatos, Baltemar Brito, Rui Faria e Silvino Louro também já teriam dado excelentes treinadores.

O defeso foi animado e a contratação de João Moutinho ao Sporting foi a grande surpresa. Se o FC Porto mantiver Raúl Meireles, terá um meio-campo muito forte para poder combater e lutar pelo título. A saída de Bruno Alves será colmatada com a entrada de Rodríguez (do Sp. Braga) e não se notará muito a diferença.

Diferença só na mentalidade do treinador e na passagem da mensagem das ideias que tem para o clube e para a equipa, que está numa verdadeira renovação, apesar de manter o sistema táctico de 4-3-3, com predominância para a liberdade de Hulk, tentando aproveitar a força e a meia-distância do brasileiro. Varela está recuperado, Rodriguéz (Christian) também e por isso, a principal força motriz do ataque portista (as alas) estarão prontas para o recado.

O encontro de sábado será intenso, como qualquer derby, ainda para mais, com uma taça em disputa. Um 4-1-3-2 contra um 4-3-3 ou um duplo confronto 4-3-3?
A história terá o direito de confirmar...

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