
Quando faltam 7 dias para começar o Mundial, deixo aqui a minha opinião sobre uma das selecções que não é muito falada, mas que poderá ser uma boa surpresa no Mundial que começa de hoje a uma semana.
A Selecção Alemã é um conjunto muito homogéneo de jogadores, que Joachim Low fez questão de convocar e até a lesão de Ballack tenha vindo a acrescentar uma dose de irreverência, juventude e improviso a uma selecção que provavelmente se iria tornar demasiado estática.
Olhando para o plantel escolhido temos o seguinte:
GUARDA-REDES: Neuer (24 anos), Wiese (28 anos) e Butt (36 anos)
DEFESAS: Aogo (23 anos), Badstuber (21 anos), Boateng (21 anos), Friedrich (31 anos), Jansen (24 anos), Lahm (26 anos), Mertesacker (25 anos) e Tasci (23 anos)
MÉDIOS: Khedira (23 anos), Kroos (20 anos), Marin (21 anos), Ozil (21 anos), Schweinsteiger (25 anos) e Trochowski (26 anos)
AVANÇADOS: Cacau (29 anos), Gomez (24 anos), Kiessling (26 anos), Klose (32 anos), Muller (20 anos) e Podolski (25 anos)
Comparativamente com outras equipas alemãs que conquistaram títulos, esta selecção tem uma média de idades de 25 anos, mas com um talento extraordinário.
A ausência de Ballack permitiu a chamada de Marko Marin. Pequeno em tamanho, mas grande em técnica, velocidade e rapidez de execução.

Olhando para o jogo que disputaram com a Hungria a 29 de Maio em Budapeste, e no qual ganharam por 3-0, os alemães apresentaram uma táctica assente num 4-1-4-1 a defender que se transformava num 4-3-3 ofensivo com Podolski e Kroos a ocuparem as alas, servindo de apoio a Klose.
Dois laterais que subam bem pelo flanco (neste caso Westermann - entretanto lesionado, sendo substituído naturalmente por Lahm - e Boateng - de partida para o Manchester City).
Outra das opções desta equipa alemã é a predisposição que coloca em termos colectivos. Pode ser facilmente mutável, usando os jogadores que tem. Um bom exemplo é o facto de querer colocar Podolski na frente a jogar ao lado de Klose, fazendo com que Ozil descaia para o flanco esquerdo, subindo ligeiramente Khedira para dar maior consistência ao meio-campo.
Uma das vantagens desta selecção é que a mesma é muito selectiva, ou seja, para as posições, existem sempre substitutos à altura, de maneira a que o sistema de jogo não seja muito diferenciado.
Para o lugar de Ozil há Marin, para o lugar de Kroos, há Schweinsteiger ou Muller, para o lugar de Khedira há Aogo ou Jensen.
Na defesa, Badstuber ou Tasci são perfeitamente substitutos de Friedrich ou Mertesacker.
E no ataque, Cacau, Gomez ou Kiessling fazem perfeitamente os mesmos lugares de Podolski e Klose.
Num grupo com Austrália, Sérvia e Gana, a Alemanha é claramente a favorita. Não porque é a Alemanha, mas porque colectiva e individualmente é mais forte que qualquer uma das outras selecções. E com o alinhamento da fase a eliminar, rapidamente consegue chegar aos quartos-de-final, já que se ficar em primeiro defrontará o segundo do grupo C (Inglaterra, EUA, Argélia ou Eslovénia).
Poderá não ser apelidada de candidata ao título, mas potencial e talento existe e veremos se neste Mundial não será utilizada a famosa frase: "São 11 de cada lado, e quem ganha é a Alemanha".
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