terça-feira, 16 de abril de 2013

Football Money League. Chelsea.

O actual campeão europeu é o 5º classificado da Football Money League de 2011/2012. Mantém uma posição que assegurou em 2010/2011 e mantém essa posição com um aumento nas receitas de 14% para um total de 322,6 M€.

A época do Chelsea tanto teve de muito bom como de muito mau. Com a contratação de André Villas-Boas no início de 2011/2012, muitos pensaram em Londres que se estava na presença dos sucessos que José Mourinho tinha alcançado com os "blues", mas a aposta saiu falhada e a meio da época, Abramovich optou pelo adjunto, Roberto Di Mateo para tomar conta da equipa até ao final da temporada. E a aposta correu bem, já que o Chelsea ganhou a Champions League, após eliminar o Barcelona nas meias-finais e o Bayern na final, no Allianz Arena e a Taça de Inglaterra, ao derrotar em Wembley, o Liverpool.
No entanto, o preço a pagar por esses troféus foi o 6º lugar alcançado na Premier League, a pior classificação do clube nos últimos 10 anos.

Começando pelas receitas de TV, o clube londrino conseguiu um valor de 139 M€ (cerca de 43% das receitas), que se traduziu na campanha europeia, já que cerca de 60 M€ são provenientes da presença na Champions e no percurso que o Chelsea fez na competição. No entanto, nas competições nacionais, o valor foi mais reduzido do que na época anterior, uma vez que o salto foi do 2º para o 6º lugar, o que por inerência e tendo em conta os direitos televisivos da Liga Inglesa fazem com que se receba menos dinheiro. No caso do Chelsea e das competições nacionais, o valor foi reduzido em 3,3 M£.

No merchandising, as receitas aumentaram 12% para os 87,1 M€ (cerca de 27% do total), devido aos contratos de longa duração assinados com a Adidas (fornecedora de equipamentos) e Samsung (patrocinadora da camisola). Além disso, assinou também contratos com a Gazprom, Delta Airlines, Audi e Singha para a época 2012/2013, o que irá provavelmente aumentar o incremento de receitas na próxima época da Football Money League.

No que à bilheteira diz respeito, as receitas do Chelsea aumentaram 15% para os 96,1 M€, devido ao aumento de três jogos relativamente à época anterior. Esse aumento deveu-se à presença nas competições de Taças (Champions League e FA Cup), que se traduziu na média de 41,478 espectadores por jogo, representando cerca de 98% da capacidade de Stamford Bridge. A lotação do estádio londrino é um dos obstáculos para o Chelsea (3,2 M€) se aproximar nas receitas de bilheteira do Manchester United (4,9 M€ / jogo) ou do Arsenal (4,1 M€). Aliás, o Chelsea está com os planos de tentar construir um estádio novo para poder jogar (na ordem dos 60,000 lugares) para poder aí garantir um maior aumento de receitas. Esse plano está momentanemante congelado, já que o clube londrino não dispõe das condições económicas para avançar com o projecto.

Em resumo, o Chelsea na próxima época deverá manter o mesmo lugar, não estando contudo assegurado o lugar, devido à saída prematura da Champions League e à aproximação de Arsenal e Manchester City, quer nas competições internas, quer nas competições externas.


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